O escuro céu atira berros de raiva pela escura noite
e verte, sem querer, lágrimas do passado que conteve até então.
Da imensidão da sua agonia e desespero
a morte da luz traz e o pânico trespassa as almas dos mortais.
Qual temporal desvairado intemporal.
E o vento atraído por tal dança macabra,
junta-se ao coro dos desvairados berros
e juntos, o escuro céu e o vento
dançam, quais tornados harmoniosos e devastadores.
Grita e chora,
berra e revolta-te contra aquela que te afrontou
que te insultou, que te humilhou, que te fez sofrer.
Dança e salta,
destrói e canta a tua depravada canção
carregada de puro ódio e horror.
Sente a raiva invadir-te e tomar-te
Ama e chora por alguma vez teres amado.
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